A região da Valéria fica localizada a margem esquerda do rio Amazonas, a leste do município de Parintins, ficando cerca 26 km de distância em linha reta da sede do município e aproximadamente 50 km via terrestre.
A região chega a fazer fronteira com o município de Juruti, estado do Pará. A forma de transporte mais comum e utilizada para se chegar à região é por via fluvial por meio de embarcações construídas de madeira ou por via terrestre, de carro se a trajetória de partida for a Vila Amazônia.
O tempo de percurso é de 1 hora de voadeira e em média 3 horas de barco e, por via terrestre a viagem dura cerca de 1 hora partindo da Vila Amazônia.
Esta região da Valéria abrange lagos conhecidos como Murituba, Lago Grande e Lago Pequeno, e é composta pelas comunidades de São Paulo, Samaria, Lago do Barro, Betel, Bete Semes, Santa Rita de Cássia, Recordação e Colônia Fé em Deus. As mais conhecidas nesta região são as comunidades de São Paulo e Santa Rita, por possuírem o maior número de famílias instaladas e por conta de seus atrativos turísticos naturais e culturais.
A região da Valéria conquistou fama por seus sítios arqueológicos e pela serra, uma pequena elevação de 152 m de altitude coberta por espessa vegetação com diversidades de flora e fauna.
Seu solo é argiloso-arenoso altamente intemperizado devido ao clima quente e úmido da região.
Os aspectos naturais são caracterizados pela exuberante Floresta Amazônica, com sua tão cobiçada biodiversidade, onde se pode observar diferentes ecossistemas ocorrendo de forma harmoniosa e equilibrada.
Observa-se ao longo do patamar inferior da Serra a presença de matas de igapó e matas de várzea que margeiam toda a área e no alto da Serra, contempla-se a mata de terra firme, com seu dossel cobrindo toda área elevada.
Além da diversificação da fauna e flora, de suas paisagens naturais bastantes originais e contemplativas, a região se destaca também por outros atrativos bem requisitados pelos visitantes turistas, os quais merecem uma melhor atenção e que devem ser conservados e valorizados não só pelos próprios moradores mais pelos demais agentes que visam o desenvolvimento econômico e social dos comunitários.
Na comunidade São Paulo da região da Valéria, encontra-se uma pequena elevação com cerca de 152m de altura circundada por espessa vegetação, conhecida como “Serra da Valeria”, bastante visitada e apreciada pelos visitantes turistas. Próximo a comunidade Santa Rita, encontra-se o braço de um rio, que momentaneamente forma um lago, conhecido como “Lago da Valéria” o qual é muito apreciado e observado pelos turistas, ainda na comunidade existe um morro do qual é possível ter uma visão especial dos vales, lagos e igarapés, raras espécies de orquídeas e etc. Nas comunidades Santa Rita e São Paulo, encontram-se sítios arqueológicos. Os artefatos e pedaços de cerâmicas encontrados são expostos na escola e em um pequeno museu construído de madeira, sem uma boa infra-estrutura, mas é onde os moradores guardam para preservar e valoriza a memória deixada pelos seus antepassados. O museu é bastante visitado por turistas tanto da região como de outros países, as cerâmicas antigas encontradas na região, segundo Neves (2006), podem ser de origem tapajônicas ou Santarém. Nesta região pode-se encontrar também um grande número de artesãos e ceramistas que produzem seus objetos e artes para comercializar quando da vinda dos turistas na região, como também para serem vendidos em Parintins e outros municípios.
Outra atividade desenvolvida para atender os turistas, são os passeios à canoas, que se multiplicaram bastantes no inicio do ano de 2010, propiciando aos turistas uma possibilidade de apreciar as belezas naturais encontradas ao longo do percurso dos lagos e igarapés. Essa nova atividade que foi implementada pelos próprios moradores da região, vem possibilitando uma permanência maior dos turistas, levando-os a conhecer e apreciar outras riquezas da região, ao invés de ficarem somente da “Boca da Valéria”.
